A rosa do deserto (rose des sables) é uma guloseima muito tradicional na França, frequentemente associada ao Natal ou à infância, pois é muito fácil de fazer e sua preparação é tão simples que mesmo as crianças mais jovens podem ajudar. Durante os anos em que a cria era pequena, eu quase sempre fazia nas festas de aniversário. Mas cai bem como sobremesa, no lanche da tarde, em qualquer festa, ou até como petisco de Páscoa, porque não?

Seu nome evoca uma formação mineral típica do deserto que ocorre em muitas partes do mundo, desde o Sahara até a Argentina. São cristais belíssimos e muito curiosos, que por sua disposição lembram pétalas de rosa. Os mais comuns são cor de areia escura, mas existem também brancos, vermelhos e até negros. Seu tamanho varia de alguns centímetros até mais um metro. Geologicamente, trata-se de rochas evaporíticas, que se formam por deposição de gipsita (ou barita) e areia em ambientes áridos e quentes devido à evaporação de águas infiltradas (marinhas ou lacustres) ricas em sais.

Na França, a maioria das receitas aconselha o uso de manteiga ou margarina, mas eu faço somente com flocos de milho e chocolate. É fácil, gostoso, muito bonito, e infalivelmente agrada a crianças e adultos.