Uma refeição básica no Brasil raramente é composta por menos do que 3 ou 4 itens dividindo o prato: arroz, feijão, um legume, uma “proteína”, frequentemente uma salada, e por aí vai. E muita gente argumenta que isso é imprescindível, porque a gente teria que compor o equilíbrio da pirâmide alimentar em cada prato. Eu no entanto defendo que isso não é tão importante assim, pois a boa saúde e o bom funcionamento do organismo podem ser garantidos com a ingestão das diferentes categorias de alimento ao longo do dia, e mesmo ao longo da semana.

Aqui em casa há muitos anos adquirimos o hábito do “prato único”, ainda que frequentemente tenhamos uma sequência de dois pratos separados (entrada e prato principal). No almoço, a salada aparece como entrada, e nunca a servimos no mesmo prato da comida quente.

O prato principal pode ser muito simples, muitas vezes apenas uma combinação de legumes no vapor, mas frequentemente fazemos cozidos ou assados usando muitas ervas e temperos. Nossa inspiração é a culinária mediterrânea, especialmente a cozinha típica do sul da França, mas temos muitas receitas da cozinha brasileira também, além de pratos inspirados em tradições gastronômicas de diversas partes do mundo.

Essa forma de comer deriva de nossas origens de vida e familiares, mas principalmente é uma escolha baseada em paladar e praticidade. No nosso dia a dia corrido, é muito conveniente poder produzir uma refeição inteira usando somente uma panela ou travessa, sem sacrificar nem o sabor nem a saúde.

As receitas que apresento aqui são as que usamos no nosso repertório diário, desde as mais absurdamente simples até alguma um pouco mais elaboradas. Você pode dar uma chance a essa maneira diferente de comer, que eu costumo chamar de “dieta mediterrânea vegana”, ou então integrá-las ao seu dia a dia e aos seus hábitos culinários. Afinal, o que para mim é um prato principal que enche o prato sozinho, para você pode ser o acompanhamento de um arroz com feijão ou outra receita, porque não?