A goiaba (Psidium guajava) é uma planta da família Myrtaceae, nativa das Américas e atualmente distribuída em áreas tropicais e sub-tropicais de todo o mundo. A origem e domesticação da planta não são muito claras, havendo muito poucos estudos sobre isso. Alguns pesquisadores sugerem que ela seja originária da América Central, mas isso se deve apenas a um maior investimento em estudos arqueobotânicos nessa região; na verdade, sua domesticação pode ter ocorrido em qualquer lugar entre o México, a Colômbia, o Peru e o Brasil. Hoje ela é uma fruta muito apreciada, sendo cultivada para exploração comercial, frequentemente plantada em quintais e muitas vezes até crescendo de forma semi-selvagem. Ela é muito interessante nutricionalmente porque além de conter vitaminas A e do complexo B, o fruto é excepcionalmente rico em vitamina C, superior até do que o encontrado nos cítricos.

O doce de goiaba é uma unanimidade nacional, e pode ser feito de várias maneiras na verdade. O que eu prefiro, e a receita que trago aqui, é uma goiabada tipo cascão, ou seja, feita com as cascas e todas as suas imperfeições. Digo “tipo” porque eu faço ela mole, de comer de colher, mas se você quiser um doce de corte basta cozinhar mais tempo, transferir para uma forma ou pote de plástico, esperar endurecer e desenformar.

A receita que uso leva apenas goiaba, açúcar e água, mas algumas pessoas sugerem acrescentar sumo de limão e especiarias (cravo e canela), que você pode usar se desejar. Eu nunca experimentei, mas imagino que fique muito gostoso usando pimenta também. Como em todas as minhas receitas, ela difere de qualquer outra que se costume encontrar pela quantidade de açúcar, pois eu uso radicalmente menos do que a maioria das pessoas. Mas fica bem doce mesmo assim. Com a vantagem de ressaltar mais o sabor da fruta e de ficar certamente mais saudável.