Pão de banana

INGREDIENTES

  • 1½ copos de farinha de trigo (250 g)
  • ⅔ copo de farinha de amêndoas/castanhas ou okara (opcional)
  • 6-8 bananas super maduras (c. 2 copos/400 g de banana amassada)
  • ⅔ copo de açúcar mascavo
  • ½ copo de azeite de oliva
  • ½ copo de leite vegetal de oleaginosas
  • ½ copo (100 g) de fermento natural dormido ou 1 c.s. de fermento químico
  • 1 c.cf. de bicarbonato de sódio
  • 1 c.cf. de sal
  • 1 c.s. de café solúvel (opcional)
  • 1 c.c. de canela em pó
  • 1 c.c. de gengibre ralado e/ou masala em pó (noz moscada, gengibre, cardamomo, cravo etc.)

MODO DE FAZER

  1. Preaquecer o forno médio
  2. Amassar bem as bananas com um garfo
  3. Peneirar a farinha com o bicarbonato
  4. Juntar sal, okara, mascavo e especiarias; misturar bem
  5. Dissolver o café no leite vegetal
  6. Juntar aos ingredientes secos: fermento dormido, café com leite, azeite e bananas
  7. Misturar bem
  8. Transferir para uma forma de pão untada e enfarinhada
  9. Assar por cerca de 1 hora ou até dourar
  10. Deixar repousar na forma por cerca de 10 minutos
  11. Desenformar; deixar esfriar sobre uma grade
  12. Esperar esfriar completamente (4 a 24 horas) antes de cortar
  13. Conservar bem embrulhado em um paninho encerado ou outro material impermeável

 

O pão de banana, ou “banana bread”, é um pão/bolo muito tradicional nos Estados Unidos, uma dessas coisas que para eles é confort food, ou “comida de vó”. Ele se caracteriza por ser feito com bananas hiper maduras, daquelas que a maioria das pessoas já não come mais, então é um excelente recurso para evitar o descarte de alimentos.

Sua história aparentemente é controversa. A versão mais popular é de que a receita tenha aparecido durante a Grande Depressão (a maior crise financeira da história dos Estados Unidos, que começou em 1929 e terminou com a segunda guerra mundial – uma triste evidência do quanto as guerras fazem bem à economia estadunidense). Conta-se que, nesse cenário de grande escassez, a receita foi inventada por donas de casa zelosas que não queriam desperdiçar um precioso alimento. Outra versão, no entanto, menos romântica, sugere que a receita tenha sido desenvolvida a pedido de grandes empresas que queriam promover a venda de farinha e fermento químico (veja em http://muffinparadise.com/banana-bread-history-and-variations/). Seja como for, a receita agradou, se tornou tradicional, e hoje é feita em inúmeras variações.

Inclusive, a maior parte das receitas que existem são feitas com fermento químico, mas essa que trago aqui leva fermento natural dormido (“descarte”). Ou seja, ela é duplamente econômica, pois usa bananas hiper-maduras e as sobras da alimentação do fermento natural, dois alimentos que muita gente jogaria no lixo. É claro que se você não é adepte da fermentação natural, e não tem fermento dormido em casa, isso não te impede de testar a receita, que pode ser feita com fermento químico (se usar esse, dispense o bicarbonato).

Aqui em casa a receita chegou depois que meu filho passou alguns meses na California, onde conheceu e passou a apreciar o banana bread. Na sua volta, foi uma das primeiras comidas que ele me pediu para fazer. Uma curiosidade da nossa dinâmica familiar é que esse é um pedido que eu recebo com bastante frequência. Tudo o que o filho vê ou come na rua, e acha interessante, ele me solicita. E assim vou eu descobrindo e aprendendo coisas novas...