Ao contrário do hábito que adquiri na infância, em que as folhas sempre eram comidas como entrada, hoje sirvo a salada verde como encerramento do jantar. Há argumentos para as duas práticas, e os dois lados têm razão. 
Por um lado, a salada como entrada facilita a digestão, pois libera enzimas (além das vitaminas e minerais) e prepara o organismo para o prato principal devido à mastigação, que estimula a produção de suco gástrico; as fibras, por sua vez, auxiliam a digestão e o fluxo intestinal e facilitam a absorção dos nutrientes. Note, no entanto, que o mesmo objetivo pode ser atingido com qualquer entrada de vegetais crus. Além disso, se a sua refeição for leve, provavelmente a ordem da salada verde não fará muita diferença. 
O argumento contrário, ou seja, daqueles que preconizam a salada ao final da refeição, vem daqueles que acreditam que o ácido do tempero (vinagre ou limão), quando ingerido depois do prato principal, auxilia a digestão. E há mesmo quem defenda que a função da salada verde ao final da refeição é a de “limpar” as papilas gustativas e prepará-las para a sobremesa.
No nosso cotidiano atual, nós de certa forma adotamos as duas práticas. No almoço, sempre comemos uma entrada de vegetais crus antes do prato principal. No jantar, no entanto, nosso prato principal é quase sempre sopa, ou seja, é uma refeição muito leve. Nesse caso, a salada verde ao final funciona perfeitamente e completa nossa refeição de forma saborosa e satisfatória.
Mas note que a salada “verde” não precisa ser só verde! Sua versão mais básica é feita com uma alface só, mas ela pode ser incrementada usando diversas variedades de alfaces ou outras verduras, brotos germinados, flores comestíveis e até nozes. Fica muito especial!