O aipim é um alimento extremamente versátil, que entra na preparação de diversos pratos. Sozinho, serve como acompanhamento, petisco, desayuno, lanche, ou até sobremesa. Frito ou cozido, acompanha perfeitamente o feijão, compondo um prato tradicional bem brasileiro; frito, é um dos petiscos mais pedidos nos botecos nacionais. Cozido, bem quente, regado com azeite e sal, é um lanche perfeito; com melado ou até açúcar, funciona como lanche ou sobremesa. Além disso ele ainda pode ser um ingrediente fundamental em inúmeras preparações, como cozidos, bobós, escondidinhos, sopas, fritadas, bolinhos, bolos e outras...
O aipim, mandioca, ou macaxeira (Manihot esculenta) é uma espécie que foi domesticada no Brasil há milhares de anos, e sempre foi um alimento importante para as populações nativas. Diferencia-se das espécies selvagens do mesmo gênero (que são muitas!) pela produção de raízes tuberosas (que armazenam amido), pela redução significativa da concentração de glicosídeos cianogênicos na raiz (linamarina, que pode gerar cianeto livre e, em contato com água, ácido cianídrico) e pela capacidade de propagação vegetativa. A domesticação da planta reduziu bastante sua toxicidade, mas não a eliminou totalmente. Hoje, as variedades com menor concentração destas toxinas (mandiocas mansas) são as mais consumidas; variedades com maior concentração (mandiocas bravas ou amargas) só podem ser consumidas após detoxificação, sendo utilizadas principalmente na indústria para produzir farinhas e féculas.
Na nossa sociedade moderna, ela é relativamente pouco utilizada – principalmente se pensarmos em seu enorme potencial. No entanto, é um alimento extremamente rico em nutrientes, fornecendo não só carboidratos de alta qualidade mas também vitaminas do complexo B, A, C, E e K, cálcio, potássio e outros minerais. Ela não gera picos de glicemia, sendo indicada para diabéticos. Os especialistas recomendam adicionar um fio de óleo na água de cozimento da mandioca, o que auxilia na retenção das vitaminas.
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(Foto: o maravilhoso aipim amarelo do Assentamento Terra Prometida, de Caxias, RJ!!
Porque o que tem de melhor do que saber de onde vem seu alimento, sem veneno e com muito amor?)